A confiança fica como uma osga colada ao chão
Depois de escrever este post tive várias reações (já era expectável).
Mas recebi também feedback de mais “colegas de profissão” que sentem o mesmo.
Curiosamente, não recebi nenhuma mensagem a dizer-me que foram os amigos os grandes impulsionadores...
É de lamentar...
Mas, não quero mais mastigar este tema.
Quero falar de confiança.
Quem trabalha no escuro de um escritório sozinho, como a maioria das pessoas que escreve conteúdos, que produz material para o online, que grava vídeos tem uma confiança bipolar.
Quando nos chega o processo criativo, encarnamos no Arnold Schwarzenegger e venha quem vier, já matámos!
Porém, após partilharmos aquele momento excitante e aliciante de criação, há um espaço morno.
Preferi morno a morto, mas é quase a mesma coisa.
Chega a hora da dúvida...
“Estava tão inspirada! O texto ficou incrível...”
E de repente, não sabemos o que está do lado de lá.
Não temos uma pastelaria aberta que vende cupcakes e que as pessoas ou gostam ou nos cospem na cara.
Quem será que leu?
Será que leram até ao fim?
Será que vai ser útil a alguém?
Será que faz sentido?
Será? Será? Será?
E no processo do será, a nossa confiança fica como uma osga colada ao chão.
Dentro da nossa cabeça, começa um imenso e descontrolado jogo de ping pong com tantas bolas e poucas raquetes.
E depois, voltamos a ler e já não parece assim tanto bom.
Passada a agonia dos serás e o estado de osga... os números que são pessoas que não sabemos se são altas, baixaaa ou novas, começam a crescer, o feedback a entrar e a bipolaridade da confiança entra de pés juntos.
E siga que está na altura de criar mais e mais!
Afinal as pessoas estão a gostar.
E é com esta loucura quase descontrolada mas tremendamente feliz que se vive até à próxima postagem...
Tem tanto de louco como de fascinante!
Credítos de imagem: Gaelle Marcel